segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Joana!

Realmente esperava mais! Não me perguntem o quê especificamente, só sei que não preencheu os pré-requisitos.
Ao ler o livro, deparamo-nos com algumas informações que não foram transmitidas pela comunicação social, e com determinadas situações vividas pelos homicidas e pelos elementos da polícia judiciária que também eram desconhecidas da população.
Mas o geral, ou seja, que estes são sem dúvida culpados e que o corpo da menina nunca chegou a aparecer, são dados que já todos (espero não estar a generalizar incorrectamente) tínhamos como certos.
A novidade prende-se com a narração dos factos por parte de um ex polícia, que nos conta ao mesmo tempo sobre o dia a dia destes agentes, da vida familiar que na maioria das vezes não conseguem manter e da forma como se entregam na totalidade à profissão, sendo muitas vezes esquecidos. Convém salientar que tal como em todas as profissões, existem excepções à regra que não devemos esquecer.
O interesse destes investigadores neste caso específico, segundo me é dado a perceber, não se prende só com a tentativa de deslindar o caso e encontrar a Joana, mas também com a grande preocupação com a situação das muitas "Joanas" xistentes por esse país fora, e com a pouca ajuda que lhes é dada pelas entidades competentes. Por vezes torna-se tarde demais...
Dou os meus parabéns ao escritor pela coragem de escrever estas linhas, e de nos dar a conhecer mais um pouco daqueles que sempre conhecemos simplesmente por "elementos da polícia judiciária", pela sua discrição, quase invisibilidade, e pouco mais.

Sem comentários: